terça-feira, 28 de julho de 2009

Como Tu, Maria...

Um amigo muito querido, que vive distante de mim mas por quem eu tenho um profundo carinho, respeito e admiração me disse dias atrás que tenho o jeito de Maria. Disse que percebia em meu olhar, o mesmo olhar da Mãe. E é assim que me denomina nos emails dele que recebo: "Lu (menina do jeito de Maria)".
Nossa, quando me disse isso fiquei feliz, por talvez transmitir ao menos a ele, a ternura do olhar de Nossa Senhora mas fiquei perplexa ao imaginar tal comparação. Como alguém tão fraca e tão pobre na fé, repleta de defeitos e pecados poderia ser comparada a Ela???? Me senti envergonhada e indigna desse "título".
Sim, gostaria de ser como Ela. Maria é exemplo e modelo de fé. Exemplo a ser seguido. Por isso agora não desconsidero o modo como meu amigo me chama. Eu quero ter o jeito de Maria, todos nós podemos buscar o jeito de Maria. E que beleza há nisso!
Mulher do SIM, da coragem e da entrega, enfrentou o mundo com fé e confiança. Na pobreza, carregou dentro de si o "Amor". E o amou, educou, levou ao colo, sarou as feridas, silenciou-se na sua dor e "guardava todas essas coisas em seu coração". Tudo isso com a doçura de mulher, de mãe.
Este é o primeiro momento em que aqui afirmo minha fé: sou católica, amo a Igreja e amo Maria. E peço Sua intercessão e o constante desejo em meu coração de ser como Ela: confiante e dócil à Graça de Deus.
* Amigo em Cristo sempre, Cléber!

sábado, 25 de julho de 2009

O que os olhos não veem...

Hoje estou triste... minha personalidade melancólica que por vezes quer dominar a alegria que ainda existe dentro de mim, hoje, mais uma vez, venceu.
Não queria ver o que hoje vi... e só vi, nada pude fazer. E nada posso. Mas meu coração se entristece em ver uma realidade que era minha até pouco tempo atrás. Há quem não se importe com o tempo; o ontem passa a não significar nada para alguns e o novo vem de súbito, e por ser novo, elimina a lembrança do que passou. Eu não sou assim.
O passado é tão importante como o presente. Ele me diz quem sou hoje. Minhas lembranças são preciosas, não permito que o novo roube-as de mim.
Talvez hoje esteja dizendo isso por estar triste demais, por ter visto a realidade que me importuna, por ter brigado com alguém que gosto muito. Ahhhhhh, queria gritar muitas coisas para o mundo ouvir.
Quero ir embora, vou embora...
Vou me embora (Paulo Diniz)
Vou me embora vou me embora
vou buscar a sorte
caminhos que me levam
não tem Sul nem Norte
mas meu andar é firme
meu anseio é forte
ou eu encanto a vida
ou desencanto a morte...
Vou me embora vou me embora
nada aqui me resta
senão a dor contida
num adeus sem festa.
Eu vou na ida indo
que o temor desperta
cuidar da minha vida
que a morte é certa.
Quem disse que trazia
até hoje não trouxe
o bem de se fazer
da vida amarga, doce.
Eu não espero o dia
pouco me importa
se o velho é sábio
se a menina é louca
se a tristeza é muita
se a alegria é pouca
se José é fraco
ou se João é forte
eu quero a todo custo
encontrar a sorte.
Vou me embora vou me embora
e levo na partida
resolução no peito
firme e definida
quem vem na minha ida
ouve a minha voz
e cada um por si
e Deus por todos nós...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Lua adversa


Hoje não tenho muito o que escrever... nenhum pensamento novo, além dos antigos que vivem a rondar minha mente. Deixo apenas um poeminha. Ou melhor, um grande poema, repleto de significados. Repleto de melancolia mas repleto também de humor... Parece que a Cecília pensou em mim ao escrever esse poema... Até meu nome tem! LUa ADVERSA...



Lua Adversa (Cecília Meirelles)


"Tenho fases, como a lua,
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.


Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.


E roda a melancolia
seu interminável fuso!


Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...).
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Erro



Esses dias estive a pensar sobre a concepção de "erro". Fui e voltei em pensamentos e lembranças e cheguei a algumas conclusões que estão suscetíveis a mudanças quanto maior for a reflexão.


Não li nada a respeito disso antes de escrever esse texto. Observações minhas, somente.


Desde que somos crianças, a percepção de erro é muito enfatizada por nossos pais, professores e por aqueles que estão ao nosso redor. Qualquer deslize cometido, uma repressão era feita: nunca me esqueço do dia em que quebrei um vidro de "Maracujina"...


Broncas, castigos, gritos. É... errar virou coisa proibida. Ninguém quer receber punições e ouvir palavras doídas, como "você não sabe fazer nada" ou coisas do tipo. O fato é que errar para uma criança é sinônimo de algo que deve ser evitado.


Quando se cresce, e cometemos erros contra os outros ou contra nós mesmos, parece que ainda somos as mesmas crianças aflitas pela punição que aquele erro há de causar. E o erro adulto, não é mais por conta de um vidro de remédio quebrado ou qualquer coisa parecida. O erro de um adulto quase sempre fere muito a quem comete ou a quem está próximo.


E por não sabermos que erro é sinônimo de crescimento, sofremos demais com os nossos erros e os erros dos outros. E não há perdão para um erro que passa a ser sofrimento. Só Deus agindo...


De modo geral, não sabemos lidar com nossos erros e os erros alheios. Eles se tornam cruzes pesadas demais, pois não nos ensinaram que cruzes devem ser carregadas e usadas como ponte em um determinado momento da nossa caminhada. Se tornou tão difícil errar, não poder consertar... Definitivamente, não fomos ensinados (ao menos eu) a lidar com os erros, a nos perdoar pelos erros cometidos, pois não nos perdoaram quando quebramos a janela do vizinho com a bola...


Naquele tempo, era só comprar outro vidro de "Maracujina"... hoje, já não é tão simples assim. Ainda não se vende "Perdão" nas farmácias...





Agosto

Fiquei devendo a letra dessa música tão, tão... "minha cara".

Vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=w5iHiSTMlGg

Agosto

Wilson Simoninha
Composição: Max de Castro

Quando será que eu vou encontrar

Paz pro meu coração

Se eu não enlouquecer de amor, eu vou ver minha vida acabar

E pensar em você é alívio

Arrasa solidão

E logo torna-se um precipício, pesadelo que vaga pelo ar

As coisas que eu penso e que ninguém quer entender

As coisas que eu faço e que ninguém deseja ver

É por essas e por outras que eu preciso de você

Só você sabe como e porque

Queria chegar e te abraçar

E pelo coração te amarrar

Em vez de te ligar, eu iria te beijar e todos os meus sonhos iriam acordar...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A arte de escrever


Este espaço se torna a partir de agora muito significativo para mim. A fim de que não atrofiem mãos e mente, dedicarei um pouco do meu tempo para aqui escrever. Expor opiniões, pensamentos, aflições e tudo mais que me vier a cabeça e ao coração.


Graciliano Ramos, escritor modernista brasileiro, dedica-se numa deliciosa comparação entre a arte de escrever e o trabalho das lavadeiras. Veja:


"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."


Pois bem, exponho aqui minha humilde forma de escrita e sujeito-me a erros e correções. Neste momento, o que mais vale pra mim é mergulhar nesse riacho onde as lavadeiras se embrenham com muita dedicação.

domingo, 5 de julho de 2009

Meu agosto (por que?)



Por que este blog se chama "Meu agosto"?

Bom, é fácil de explicar. Nasci no mês de agosto, em certo dia, em certo ano... porém o que convém dizer é que de modo particular a canção "Agosto", composição de Max de Castro e interpretação fenomenal de Wilson Simoninha, fala de mim e pra mim. Em breve, letra e vídeo estarão aqui...

Mais informação? Leia:

"O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto, ou do azar. Mas você sabe por quê?
Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. Porque, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar." (Fonte:
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=4735)

Quer saber, AGOSTO É LINDO!!!!