domingo, 22 de maio de 2011

"Três algarismos apenas..."

Realmente, a educação nunca foi prioridade em nosso país... Divulgar esse vídeo é mais que uma obrigação, é um dever de todos aqueles que concordam e apoiam as palavras dessa professora corajosa que disse tudo aquilo que os professores do Brasil inteiro gostariam de dizer.

Oxalá chegue o dia em que a educação seja prioridade, que os professores sejam valorizados e motivados e que a escola seja um ambiente prazeroso para aqueles que a frequentam.

sábado, 14 de maio de 2011

Sol


Quero o Sol. Preciso que o Sol aqueça os dias frios que trazem pra vida a melancolia e a dor da saudade. Não quero o vento gélido a tocar minha pele e sim o calor sorridente a agraciar minha vida. Cansei da "febre que não passa e do meu sorriso sem graça" que o frio, instante perene da vida, trouxe a mim.

Preciso esquentar o corpo, a alma e o coração. Quero que os raios do Sol alcancem-me novamente pra sentir a incrível sensação de amor novo, amor de novo, cheiro de jasmim. Desejo ansiosamente a amplitude e a verdade do amor a cercar-me e a aquecer-me de tal forma que o vento frio e mórbido torne-se brisa quente e suave.

Vou sentir esse toque, fechar os olhos e sorrir. Agradecer ao Sol pela piedade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Aprendi mais uma: Estampas Eucalol


O que é a vida senão uma escola? Sinto um enorme prazer no ato de descobrir e com a descoberta afirmar que aprendi mais um pouco. Gosto muito de histórias e História... acho que deve ser por isso que o passado alimenta meus dias.

Sempre gostei de ouvir histórias antigas, ver e observar as poucas relíquias que alguns preservam. Sinto que o passado retorna à vida quando ouço ou vejo resquícios do que pra muitos não tem mais importância. Pena nunca ter encontrado ou mesmo pensado em colecionar algo... bom, eu gosto.

E agora, aos 20 e poucos anos (tsc) aprendi mais "uma" e fiquei tão feliz com isso! Neste exato instante pareço criança que recebeu um presente... quando criança, ouvi algumas vezes a música "Estampas Eucalol", cantada po Xangai. Talvez poucos conheçam. Achava o nome estranho, parecia se tratar de algo fora da realidade humana. Além disso, a música falava de seres mitológicos que alimentavam a minha imaginação infantil: Minotauro, Ícaro, Monte Olimpo, São Jorge, além de outros personagens fantásticos que eu nem sabia quem eram.

Aprendi a letra da música e a achava linda, transcendental e um completo deleite... que gostosa a sensação que essa música me trazia. Por fim, acabei descobrindo pouco tempo atrás que o nome "Eucalol" era a marca de um sabonete do início do século XX. Os dias fizeram com que deixasse a descoberta completa pra mais tarde.

Hoje, exatamente agora, ao ouvir a música novamente e assistir ao vídeo, veio a curiosidade. Estampas Eucalol? Por quê?

Uma fábrica de sabonetes do Rio de Janeiro, cujos donos eram imigrantes alemães, ao fabricar o sabonete chamado "Eucalol" (de eucalipto) não obtiveram êxito na venda do produto. Surgiu, então, a ideia de criar estampas para serem colecionadas pelos compradores. Cada sabonete era acompanhado, em sua embalagem, de uma estampa, uma espécie de figurinha (ver imagem acima) com algum tema de conhecimento geral, desde a História do Brasil até a Mitologia. Havia álbuns para os colecionadores que eram adultos e crianças. Foi um sucesso de vendas na época.

Pra saber mais: http://www.brasilcult.pro.br/eucalol/estampas_eucalol/eucalol.htm

Na música "Estampas Eucalol", o personagem, que parece ser uma criança, viaja por algumas das imagens estampadas pelo sabonete e dá vida à imaginação. Aprecie:



Estampas Eucalol (Composição: Hélio Contreiras. Interpretação: Xangai)

Montado no meu cavalo
Libertava Prometeu
Toureava o Minotauro
Era amigo de Teseu

Viajava o mundo inteiro
Nas Estampas Eucalol
À sombra de um abacateiro
Ícaro fugia do sol.

Subia o Monte Olimpo
Ribanceira lá do quintal
Mergulhava até Netuno
No oceano Abissal

São Jorge ia pra lua
Lutar contra o dragão
São Jorge quase morria
Mas eu lhe dava a mão

E voltava trazendo a moça
Com quem ia me casar
Era minha professora
Que roubei do Rei Lear.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Essas feridas da vida...



Música (poema) de Vital Farias, "Veja (Margarida)"

Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim

Essas feridas da vida, Margarida
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim

Veja, você
Arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Com esse gosto de sabão na boca

Arco-íris já mudou de cor
E uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Eu não quero ver

Veja, meu bem
Gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim
Ou é o fim

Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim

Essas feridas da vida, Margarida
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim...

sábado, 2 de abril de 2011

Roda viva (Chico Buarque)

Na última postagem intitulei este homem de poeta. Sim, ele é.



Roda Viva (1967)
Composição: Chico Buarque de Hollanda / Interpretação: Chico Buarque de Hollanda e MPB 4)

"Música que juntamente com a composição "Sem fantasia" também do Chico, fez parte da trilha sonora da peça tetral "Roda Viva" do próprio Chico, encenada pelo Grupo Oficina em 1967, sob direção de José Celso Martinez Correia e que ficou famosa por fazer apologia da volta à liberdade, em plena ditadura militar. Quando encenada em São Paulo, um grupo de extrema direita, CCC Comando de Caça aos Comunistas, invadiu o teatro com agressões físicas aos artistas e ao próprio teatro. Tudo isso porque Chico Buarque fazia parte do grupo de intelectuais e artistas que apregoavam a volta à democracia, por meio de versos e músicas "disfarçadamente" criticando os militares da ditadura. A música foi lançada ao público no LP "Chico Buarque de Hollanda Vol. 3" de 1968."
Fonte: http://www.paixaoeromance.com/60decada/roda_viva/h_roda_viva.htm

Roda gigante

"Parabéns aos que enxergam a vida com muito mais cor e luz, como se fosse um belo parque de diversões, brilhante do neon que enfeita cada brinquedo. E que rodam, giram, pulam sem medo do que possa acontecer depois, mesmo que seja um arranhão ou um tombo feio. Que se atrevem a correr os riscos que a roda gigante da vida impõe...

Parabéns aos que brincam nessa roda da vida com os olhos no Céu e no chão. Que riem, sorriem, choram, perdoam, amam, desamam, vivem... Parabéns aos atrevidos, corajosos, que se vão sem olhar pra trás. Eu olhei.
Ei! Não se esqueça de mim que girei com você na sua roda, brinquei, sorri e chorei, mas desci pra em outro brinquedo me aventurar... A vida me pediu que eu fosse além. E já dizia o poeta (sim, poeta): “Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião... o tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.”

É que a vida, meu caro, é uma RODA VIVA!"

sexta-feira, 25 de março de 2011

Quem sou eu? (parte 2)




"A única verdade é que vivo.

Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."




Clarice Lispector

Está certo... confesso que responder a pergunta "Quem sou eu?" é bastante difícil. Difícil como o poema de Fernando Pessoa que coloquei aqui anteriormente, cheio de "ânsias", "repúdios" e "não-eus". Aliás, creio que nada é tão complexo como o ser humano. Mas também, nada é tão interessante.


Na verdade, acredito que não seja tão importante sabermos quem somos. Felizes aqueles que sabem responder isso com facilidade, embora eu não acredite que alguém conheça a si mesmo por completo. Eu afirmo que não sei responder essa pergunta. Talvez seja mais fácil dizer quem já fui ou como já fui. O ser humano vive em constante mudança pois a vida faz com que seja assim. Há em mude pra melhor e há quem mude pra pior, tudo em consequência dos caminhos percorridos, dos passos dados e, sobretudo, das escolhas feitas.


"Taí": a gente é aquilo que a gente escolhe ser. As escolhas da nossa vida é que determinam as mudanças e as mudanças nos formam, nos moldam, nos constroem. E acredito ser assim por toda vida, até o fim dos nossos dias. É... acho que agora, o melhor a fazer não é mais ficar pensando em quem somos. Mudei de ideia.


Sugiro que desfaça o tal "mergulho em si mesmo" que prôpus. Penso agora que talvez seja melhor construir a resposta para o futuro: quem fui? o que fiz? fiz diferença? Imagine: quando passamos pela vida e nada deixamos, as gerações futuras nos fazem cair no esquecimento. Ninguém lembra daqueles que não fizeram a diferença, que não deixaram um legado, seja ele qual for. É melhor marcarmos a nossa passagem pela vida de algum modo. Quem sabe escolhendo fazer o bem para os outros e marcando suas vidas com a nossa presença? É bom tentar... 


Em algum lugar, acredito, nossos feitos ficam registrados... talvez em um livro chamado ETERNIDADE.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quem sou eu?


Muitas vezes não sabemos dizer quem somos. Talvez esta seja a mais difícil das definições. Quem sou? Como sou? Tem gente que morre em saber... navegar no mais íntimo de nós é tarefa árdua, pois podemos encontrar pistas nem sempre agradáveis: dores, angústias, arrependimentos... Mas vale a pena adentrar em nosso universo. Convido você a fazer isso: mergulhar em si mesmo, tentar descobrir-se e descobrindo o que for, amar-se cada vez mais. Enxergar-se como ser humano, passível de erros e acertos e por isso tão apaixonadamente ser humano.


Mergulhe em si mesmo, procure, tente, desvende... mesmo que não chegue à conclusão alguma. Garanto que será a viagem mais instigante que fará. 


Que tal um poema pra recomeçar?


" Não sei quem sou, que alma tenho.



Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.


Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...


Sinto crenças que não tenho.


Enlevam-me ânsias que repudio.


A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta


traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,


nem ela julga que eu tenho.


Sinto-me múltiplo.


Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos


que torcem para reflexões falsas


uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.


Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,


eu sinto-me vários seres.


Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,


como se o meu ser participasse de todos os homens,


incompletamente de cada (?),


por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."




Fernando Pessoa

Recomeçando...

Está na hora de recomeçar... nem sei de onde. Criei este blog em 2009 e após muito tempo o retomo. Este espaço serviu pra registrar minhas dores do passado e minhas esperanças futuras. Você é convidado a ler as postagens antigas e saber um pouquinho de mim, da minha história, da maneira como escrevo . De agora em diante, partilharei aqui meus pensamentos sobre tudo que me vier a mente.

Quando estiver  aí, sem fazer nada, dá uma olhadinha aqui em "Meu Agosto"... posso partilhá-lo com você!

Estou muito feliz por estar de volta (mãos e mente: AÇÃO!)