quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Há quanto tempo...


Há quanto tempo não me sento aqui no propósito de escrever em meu blog... desculpe aos que gostam de lê-lo. Sei que não são muitos, mas mesmo assim agradeço e me desculpo pela ausência.

Sutilmente e repentinamente minha vida deu um salto que eu já não esperava. E o que posso dizer disso, sem me desmanchar no derramamento dos meus sentimentos? Digo que a vida é surpreendente nos caminhos que nos proporciona andar e que a queda de antes nos impulsiona a levantar e enxergar tudo novo e diferente, de maneira mais sábia, mais adulta, mais madura. E caminhar de novo, não mais no mesmo passo lento e despreocupado, mas sim num andar mais firme, corajoso e comprometido em fazer da caminhada um pulsar de emoções realmente compensadoras.

Esqueçamos a melancolia? Não, não é pra tanto... Como diriam alguns, "a melancolia me cai bem." Só não é maior que o contentamento de caminhar de novo, no novo...

*O amor, de fato, é surpreendente...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ânimo? Roubaram... (continuando)

Já repararam que é só eu falar a respeito do clima que ele muda? Os dias quentes de sol deram lugar, ao menos temporariamente talvez, a um clima mais ameno, fresco e com chuva. Mas falava anteriormente do roubo do ânimo, da alma. Voltemos a isso.
Aqueles dias quentes que me roubavam o ânimo e me faziam sentir a ausência da minha alma se foram, porém outros fatores tratam de cumprir o mesmo papel. Muitas vezes na vida, por diversos motivos, parece que temos a alma tirada de nós e um sentido pra continuar vivendo parece não mais existir. Faltam o ânimo, a coragem, ou mesmo a vontade de continuar vivendo, de encarar novos desafios, modificar a vida. Escolhas, pessoas, momentos entre outras tantas coisas podem retirar de nós o sopro de vida, acabam por levar o seu colorido e tudo se torna cinza. Certa vez alguém me disse que minha ausência tornava os seus dias cinzentos e achei exagero. Hoje sou eu quem me esforço a encontrar a cor nos meus dias...
Seqüestro da alma é o seqüestro da subjetividade. E ter a subjetividade seqüestrada causa uma ferida enorme na vida de alguém, muitas vezes difícil de cicatrizar.
Alguém
Alguém me levou de mim
Alguém que eu não sei dizer
Alguém me levou daqui.
Alguém, esse nome estranho.
Alguém que eu não vi chegar
Alguém que eu não vi partir
Alguém, que se alguém encontrar
Recomende que me devolva a mim.
(Padre Fábio de Melo em "Quem me roubou de mim?")
Mas chega agora a primavera, tempo de flor e de frutos que só nascerão se foram antes semeados. Espero em alguma primavera ter o que colher...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ânimo? Roubaram...


Há dias não escrevo algo de próprio punho, apenas tenho colocado aqui poemas e canções que são importantes, que falam ao meu coração e parecem falar da minha vida, das escolhas que fiz e o que elas fizeram de mim. Mas, acredito que essa melancolia torna-se cansativa pra quem lê (ou não). Então, mudemos de assunto (mas só um pouquinho)!

Alguém além de mim tem a impressão de que esses dias quentes nos retiram a alma? Sim, parece exagero, mas todo meu ânimo (ANIMA, palavra de origem latina que quer dizer alma, ser ou estar vivo) é consumido pela força do calor desses dias.

Esse roubo do ânimo ou mesmo da alma é preocupante. E o que um ser sem alma? É um ser morto, sem vida. Sem aquele sopro vital que nos sustenta. De fato, não é apenas o calor o ladrão da (minha) alma nesses dias. A alma pode ser seqüestrada por divesas coisas: pela rotina, pelas derrotas, pelas fraquezas espirituais, por pessoas que desrespeitam os sentimentos alheios, por nossas dúvidas que mais tarde se mostram como claras certezas, pela violência, pela intolerância, etc, etc.

Bom, isso é apenas o ínicio de uma reflexão. Prometo escrever mais sobre o assunto.

*Preciso de um padre e um psicólogo urgente! Ah, e de uma chuva pra encharcar o corpo e o coração...

sábado, 12 de setembro de 2009

Os Outros

Já conheci muita gente

Gostei de alguns garotos

Mas depois de você

Os outros são os outros

Ninguém pode acreditar

Na gente separado

Eu tenho mil amigos mas você foi

O meu melhor namorado

Procuro evitar comparações

Entre flores e declarações

Eu tento te esquecer

A minha vida continua

Mas é certo que eu seria sempre sua

Quem pode me entender

Depois de você,

os outros são os outros e só

São tantas noites em restaurantes

Amores sem ciúmes

Eu sei bem mais do que antes

Sobre mãos, bocas e perfumes

Eu não consigo achar normal

Meninas do seu lado

Eu sei que não merecem mais que um cinema

Com meu melhor namorado

Procuro evitar comparações

Entre flores e declarações

Eu tento te esquecer

A minha vida continua

Mas é certo que eu seria sempre sua

Quem pode me entender

Depois de você, os outros são os outros e só
Depois de você, os outros são os outros e só...

*Tenho escutado tanta musiquinha nostálgica... essa é mais uma. Meu Deus, quando é que vou ouvir o que quero ouvir???

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ausência

Ausência


Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida


E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados


Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.
Eu deixarei ... tu irás e encostarás
a tua face em outra face


Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei a minha face
na face da noite e ouvi a tua fala amorosa


Porque meus dedos enlaçaram os dedos
da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos portos silenciosos


Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.



Vinicius de Moraes

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Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cantiga por Luciana

Cantiga Por Luciana
(
Edmundo Souto E Paulinho Tapajós)
Manhã no peito de um cantor
Cansado de esperar, só
Foi tanto tempo que nem sei
Das tardes tão vazias por onde andei
Luciana, Luciana
Sorriso de menina dos olhos de mar
Luciana, Luciana
Abrace esta cantiga por onde passar.
Nasceu na paz de um beija-flor
Em verso em voz de amor
Já desponta aos olhos da manhã
Pedaços de uma vida
Que abriu-se em flor
Luciana, Luciana
Sorriso de menina dos olhos de mar
Luciana, Luciana
Abrace essa cantiga por onde passar

*Em algum momento, feliz ou triste da minha vida, gostaria que cantassem essa música pra mim...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Afinal, é Agosto

O tempo tem passado tão rapidamente que mal havia percebido a chegada de agosto. E se esse blog tem esse nome é devido à minha predileção por este mês. Não somente por ser o mês do meu nascimento mas agosto tem o nome bonito... lembra gostar, sentir gosto, sabor. Além disso, alguns queridos também aniversariam neste mês e encontros especiais em minha vida se deram (se deu?) no mês de agosto.
O clima ruim e seco de agosto, em que a poeira encobre a solidez dos nossos dias, poderia levá-la a encobrir também as dores perenes da vida, deixá-las encardir e perder seu valor com o tempo. Mas poderia também dar lugar ao brilho e ao lustre da alegria das lembranças bonitas e saudosas. Sim, a dor deve ser esquecida e as lembranças positivas guardadas em lugar de alto valor: o coração.
Porém, mais do que isso, é bom afastar da secura os nossos corações e prepará-los para as chuvas que hão de vir. Chuvas que regam, fecundam e trazem umidade à terra seca que as nossas escolhas trouxeram pra dentro de nós. Plantar a semente do amor no coração e deixar que o tempo bom se aproxime... Tarefa fácil? Fácil de expor em palavras como estou fazendo agora. Será que consigo? Será que a poeira já não aderiu tanto que se tornou impossível limpá-la? Ou será que nem a mais forte chuva vai conseguir umidecer esse terreno árido?
Coração dos outros é terra que ninguém anda. Cada um sabe quão seco e sujo estão a vida e o coração. "Oh chuva, vem me dizer..."
Enfim, é agosto. Eu sou de agosto e tudo que escrevo aqui, seja junho ou julho, é MEU AGOSTO...
"Quando será que eu vou encontrar paz pro meu coração..." (Agosto, Simoninha)
*Não ouviu ainda??? Ouça e lembre de mim...

sábado, 15 de agosto de 2009

Presente-passado



Depois da demora em escrever novamente aqui (peço desculpas àqueles que leem meu blog), hoje retorno com essa canção "queridinha", linda demais e que tem embalado meus dias. Presente-passado é meu discurso, meu texto, tudo o que eu mesma gostaria de dizer, de cantar. Tomara que não seja meu discurso eterno. E viva a melancolia, enquanto ela puder trazer lindas canções com essa.

Presente-passado (Isabella Taviani)

Ai essa saudade no meu peito

Esse vazio de você

Ai esse meu jeito meio feio

De não saber me (lhe?) perder

Você se foi sem dizer

onde podia lhe encontrar

Uma razão pra viver

Você podia me deixar

Mas o tempo passou

e essa dor não cessou

Há descaminhos em meus passos

Uma sombra que abraço

Um presente-passado

Uma vontade tamanha

de não ter mais vontade

Não admiro os covardes

mas agora é tarde

Ai o tempo frio que me esquenta

a boca seca que me tenta

Ai o véu da noite que alumia,

é meia noite em meio dia

Você se foi sem deixar

a chance de se ver voltar

Uma razão para esquecer

é o que ficou em seu lugar

Mas o tempo passou e essa dor não cessou

Há descaminhos em meus passos

Uma sombra que abraço

Um presente-passado

Uma vontade tamanha

de não ter mais vontade

Não admiro os covardes mas agora...

Há descaminhos em meus passos

Uma sombra que abraço

Um presente-passado

Uma vontade tamanha

de não ter mais vontade

Não admiro os covardes

mas agora...

É tarde!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Como Tu, Maria...

Um amigo muito querido, que vive distante de mim mas por quem eu tenho um profundo carinho, respeito e admiração me disse dias atrás que tenho o jeito de Maria. Disse que percebia em meu olhar, o mesmo olhar da Mãe. E é assim que me denomina nos emails dele que recebo: "Lu (menina do jeito de Maria)".
Nossa, quando me disse isso fiquei feliz, por talvez transmitir ao menos a ele, a ternura do olhar de Nossa Senhora mas fiquei perplexa ao imaginar tal comparação. Como alguém tão fraca e tão pobre na fé, repleta de defeitos e pecados poderia ser comparada a Ela???? Me senti envergonhada e indigna desse "título".
Sim, gostaria de ser como Ela. Maria é exemplo e modelo de fé. Exemplo a ser seguido. Por isso agora não desconsidero o modo como meu amigo me chama. Eu quero ter o jeito de Maria, todos nós podemos buscar o jeito de Maria. E que beleza há nisso!
Mulher do SIM, da coragem e da entrega, enfrentou o mundo com fé e confiança. Na pobreza, carregou dentro de si o "Amor". E o amou, educou, levou ao colo, sarou as feridas, silenciou-se na sua dor e "guardava todas essas coisas em seu coração". Tudo isso com a doçura de mulher, de mãe.
Este é o primeiro momento em que aqui afirmo minha fé: sou católica, amo a Igreja e amo Maria. E peço Sua intercessão e o constante desejo em meu coração de ser como Ela: confiante e dócil à Graça de Deus.
* Amigo em Cristo sempre, Cléber!

sábado, 25 de julho de 2009

O que os olhos não veem...

Hoje estou triste... minha personalidade melancólica que por vezes quer dominar a alegria que ainda existe dentro de mim, hoje, mais uma vez, venceu.
Não queria ver o que hoje vi... e só vi, nada pude fazer. E nada posso. Mas meu coração se entristece em ver uma realidade que era minha até pouco tempo atrás. Há quem não se importe com o tempo; o ontem passa a não significar nada para alguns e o novo vem de súbito, e por ser novo, elimina a lembrança do que passou. Eu não sou assim.
O passado é tão importante como o presente. Ele me diz quem sou hoje. Minhas lembranças são preciosas, não permito que o novo roube-as de mim.
Talvez hoje esteja dizendo isso por estar triste demais, por ter visto a realidade que me importuna, por ter brigado com alguém que gosto muito. Ahhhhhh, queria gritar muitas coisas para o mundo ouvir.
Quero ir embora, vou embora...
Vou me embora (Paulo Diniz)
Vou me embora vou me embora
vou buscar a sorte
caminhos que me levam
não tem Sul nem Norte
mas meu andar é firme
meu anseio é forte
ou eu encanto a vida
ou desencanto a morte...
Vou me embora vou me embora
nada aqui me resta
senão a dor contida
num adeus sem festa.
Eu vou na ida indo
que o temor desperta
cuidar da minha vida
que a morte é certa.
Quem disse que trazia
até hoje não trouxe
o bem de se fazer
da vida amarga, doce.
Eu não espero o dia
pouco me importa
se o velho é sábio
se a menina é louca
se a tristeza é muita
se a alegria é pouca
se José é fraco
ou se João é forte
eu quero a todo custo
encontrar a sorte.
Vou me embora vou me embora
e levo na partida
resolução no peito
firme e definida
quem vem na minha ida
ouve a minha voz
e cada um por si
e Deus por todos nós...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Lua adversa


Hoje não tenho muito o que escrever... nenhum pensamento novo, além dos antigos que vivem a rondar minha mente. Deixo apenas um poeminha. Ou melhor, um grande poema, repleto de significados. Repleto de melancolia mas repleto também de humor... Parece que a Cecília pensou em mim ao escrever esse poema... Até meu nome tem! LUa ADVERSA...



Lua Adversa (Cecília Meirelles)


"Tenho fases, como a lua,
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.


Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.


E roda a melancolia
seu interminável fuso!


Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...).
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Erro



Esses dias estive a pensar sobre a concepção de "erro". Fui e voltei em pensamentos e lembranças e cheguei a algumas conclusões que estão suscetíveis a mudanças quanto maior for a reflexão.


Não li nada a respeito disso antes de escrever esse texto. Observações minhas, somente.


Desde que somos crianças, a percepção de erro é muito enfatizada por nossos pais, professores e por aqueles que estão ao nosso redor. Qualquer deslize cometido, uma repressão era feita: nunca me esqueço do dia em que quebrei um vidro de "Maracujina"...


Broncas, castigos, gritos. É... errar virou coisa proibida. Ninguém quer receber punições e ouvir palavras doídas, como "você não sabe fazer nada" ou coisas do tipo. O fato é que errar para uma criança é sinônimo de algo que deve ser evitado.


Quando se cresce, e cometemos erros contra os outros ou contra nós mesmos, parece que ainda somos as mesmas crianças aflitas pela punição que aquele erro há de causar. E o erro adulto, não é mais por conta de um vidro de remédio quebrado ou qualquer coisa parecida. O erro de um adulto quase sempre fere muito a quem comete ou a quem está próximo.


E por não sabermos que erro é sinônimo de crescimento, sofremos demais com os nossos erros e os erros dos outros. E não há perdão para um erro que passa a ser sofrimento. Só Deus agindo...


De modo geral, não sabemos lidar com nossos erros e os erros alheios. Eles se tornam cruzes pesadas demais, pois não nos ensinaram que cruzes devem ser carregadas e usadas como ponte em um determinado momento da nossa caminhada. Se tornou tão difícil errar, não poder consertar... Definitivamente, não fomos ensinados (ao menos eu) a lidar com os erros, a nos perdoar pelos erros cometidos, pois não nos perdoaram quando quebramos a janela do vizinho com a bola...


Naquele tempo, era só comprar outro vidro de "Maracujina"... hoje, já não é tão simples assim. Ainda não se vende "Perdão" nas farmácias...





Agosto

Fiquei devendo a letra dessa música tão, tão... "minha cara".

Vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=w5iHiSTMlGg

Agosto

Wilson Simoninha
Composição: Max de Castro

Quando será que eu vou encontrar

Paz pro meu coração

Se eu não enlouquecer de amor, eu vou ver minha vida acabar

E pensar em você é alívio

Arrasa solidão

E logo torna-se um precipício, pesadelo que vaga pelo ar

As coisas que eu penso e que ninguém quer entender

As coisas que eu faço e que ninguém deseja ver

É por essas e por outras que eu preciso de você

Só você sabe como e porque

Queria chegar e te abraçar

E pelo coração te amarrar

Em vez de te ligar, eu iria te beijar e todos os meus sonhos iriam acordar...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A arte de escrever


Este espaço se torna a partir de agora muito significativo para mim. A fim de que não atrofiem mãos e mente, dedicarei um pouco do meu tempo para aqui escrever. Expor opiniões, pensamentos, aflições e tudo mais que me vier a cabeça e ao coração.


Graciliano Ramos, escritor modernista brasileiro, dedica-se numa deliciosa comparação entre a arte de escrever e o trabalho das lavadeiras. Veja:


"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."


Pois bem, exponho aqui minha humilde forma de escrita e sujeito-me a erros e correções. Neste momento, o que mais vale pra mim é mergulhar nesse riacho onde as lavadeiras se embrenham com muita dedicação.

domingo, 5 de julho de 2009

Meu agosto (por que?)



Por que este blog se chama "Meu agosto"?

Bom, é fácil de explicar. Nasci no mês de agosto, em certo dia, em certo ano... porém o que convém dizer é que de modo particular a canção "Agosto", composição de Max de Castro e interpretação fenomenal de Wilson Simoninha, fala de mim e pra mim. Em breve, letra e vídeo estarão aqui...

Mais informação? Leia:

"O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto, ou do azar. Mas você sabe por quê?
Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. Porque, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar." (Fonte:
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=4735)

Quer saber, AGOSTO É LINDO!!!!