sábado, 25 de julho de 2009

O que os olhos não veem...

Hoje estou triste... minha personalidade melancólica que por vezes quer dominar a alegria que ainda existe dentro de mim, hoje, mais uma vez, venceu.
Não queria ver o que hoje vi... e só vi, nada pude fazer. E nada posso. Mas meu coração se entristece em ver uma realidade que era minha até pouco tempo atrás. Há quem não se importe com o tempo; o ontem passa a não significar nada para alguns e o novo vem de súbito, e por ser novo, elimina a lembrança do que passou. Eu não sou assim.
O passado é tão importante como o presente. Ele me diz quem sou hoje. Minhas lembranças são preciosas, não permito que o novo roube-as de mim.
Talvez hoje esteja dizendo isso por estar triste demais, por ter visto a realidade que me importuna, por ter brigado com alguém que gosto muito. Ahhhhhh, queria gritar muitas coisas para o mundo ouvir.
Quero ir embora, vou embora...
Vou me embora (Paulo Diniz)
Vou me embora vou me embora
vou buscar a sorte
caminhos que me levam
não tem Sul nem Norte
mas meu andar é firme
meu anseio é forte
ou eu encanto a vida
ou desencanto a morte...
Vou me embora vou me embora
nada aqui me resta
senão a dor contida
num adeus sem festa.
Eu vou na ida indo
que o temor desperta
cuidar da minha vida
que a morte é certa.
Quem disse que trazia
até hoje não trouxe
o bem de se fazer
da vida amarga, doce.
Eu não espero o dia
pouco me importa
se o velho é sábio
se a menina é louca
se a tristeza é muita
se a alegria é pouca
se José é fraco
ou se João é forte
eu quero a todo custo
encontrar a sorte.
Vou me embora vou me embora
e levo na partida
resolução no peito
firme e definida
quem vem na minha ida
ouve a minha voz
e cada um por si
e Deus por todos nós...

Um comentário:

  1. O passado, na verdade é algo que está sempre presente. Como uma voz dentro de nossas mentes.

    Vozes do passado, que entram em nossa mente.
    Dizem coisas estranhas, como se quisessem trazer o passado de volta.
    Mostram coisas incríveis. Momentos incríveis, que gostaríamos de reviver repetidamente e infinitamente. Momentos de felicidade plena.
    Mas sabemos que não é possível voltar.
    Talvez, no fundo, não queiramos realmente voltar.
    O passado fez o que somos.
    E no presente estamos construindo aquilo que seremos, cada dia de felicidade ou de tristeza é algo que será lembrado no futuro quando estivermos melancólicos olhando para traz.
    Gosto de pensar que o futuro reserva algo de muito bom, uma felicidade sólida e infinita, e que lá as vozes do passado mostrarão além da felicidade anterior, os momentos de infelicidade, e então a felicidade valerá a pena, serei grato por ela e lhe terei maior zelo.
    Além da felicidade passada ou futura, a presente também é de grande importância, pode até ser em pouca quantidade, mas está sempre presente e as vezes pode ser potencializada em uma explosão de alegria. A felicidade nos acompanha na forma de grandes amigos, boas lembranças, agradáveis manias, antigos e novos amores. Amores que podem representar a plena felicidade tão esperada.


    Luciana! Desejo-lhe que seja muito feliz! Que da próxima vez olhar para o passado possa dizer com plena certeza que está seguindo o caminho certo: Aquele que sempre desejou.


    Quero também me desculpar, pois sei que por mais que eu me esforce, por mais que eu tente, por mais que eu escolha as palavras, meu texto jamais será capaz de dar a resposta que você merece para seu texto. Tome-o como um abraço afetuoso e saiba que o que foi dito aqui é só um pequeno pedaço de uma grande vontade de lhe afagar o coração.


    Cordialmente,
    Daniel Lima

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