sexta-feira, 25 de março de 2011

Quem sou eu? (parte 2)




"A única verdade é que vivo.

Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."




Clarice Lispector

Está certo... confesso que responder a pergunta "Quem sou eu?" é bastante difícil. Difícil como o poema de Fernando Pessoa que coloquei aqui anteriormente, cheio de "ânsias", "repúdios" e "não-eus". Aliás, creio que nada é tão complexo como o ser humano. Mas também, nada é tão interessante.


Na verdade, acredito que não seja tão importante sabermos quem somos. Felizes aqueles que sabem responder isso com facilidade, embora eu não acredite que alguém conheça a si mesmo por completo. Eu afirmo que não sei responder essa pergunta. Talvez seja mais fácil dizer quem já fui ou como já fui. O ser humano vive em constante mudança pois a vida faz com que seja assim. Há em mude pra melhor e há quem mude pra pior, tudo em consequência dos caminhos percorridos, dos passos dados e, sobretudo, das escolhas feitas.


"Taí": a gente é aquilo que a gente escolhe ser. As escolhas da nossa vida é que determinam as mudanças e as mudanças nos formam, nos moldam, nos constroem. E acredito ser assim por toda vida, até o fim dos nossos dias. É... acho que agora, o melhor a fazer não é mais ficar pensando em quem somos. Mudei de ideia.


Sugiro que desfaça o tal "mergulho em si mesmo" que prôpus. Penso agora que talvez seja melhor construir a resposta para o futuro: quem fui? o que fiz? fiz diferença? Imagine: quando passamos pela vida e nada deixamos, as gerações futuras nos fazem cair no esquecimento. Ninguém lembra daqueles que não fizeram a diferença, que não deixaram um legado, seja ele qual for. É melhor marcarmos a nossa passagem pela vida de algum modo. Quem sabe escolhendo fazer o bem para os outros e marcando suas vidas com a nossa presença? É bom tentar... 


Em algum lugar, acredito, nossos feitos ficam registrados... talvez em um livro chamado ETERNIDADE.

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